Artur Gomes – 2023 – 50 Anos de Poesia – Memória e Resistência –
Uma Trajetória Multilinguagens
No longo bate papo semana passada com a minha
querida amiga, Jailza Mota, no Museu Histórico de Campos, para o seu TCC de
Licenciatura em Teatro no IFF, alguns detalhes dessa trajetória, que até então
me passavam despercebidos, vieram a tona.
Em 1977 no texto de Orávio de Campos Soares, para
o livro Além da Mesa Posta, ele profetiza, que minha poesia, até então,
simbolista e existencialista, dos dois livros anteriores: Um Instante No Meu
Cérebro e Mutações Em Pré-Juízo, iria desaguar com o foco no social.
Jailza Mota observa que, o próprio título Além da
Mesa Posta, mesmo que o seu conteúdo, não seja de poesia com foco no social,
nos dá margem para pensar muito além da “Santa Ceia, mas em todas as “mesas
postas” nos lares de todas as famílias dos desprivilegiados por esta país afora.
Pois bem, em 1978 dois escrevo dois poemas onde o
social estão explícitos em suas temáticas: Canta Cidade Canta, vencedor do
Festival de Poesia, promovido pelo Departamento Municipal de Cultura de Campos
e Jesus Cristo Cortador de Cana, publicado em livreto de cordel.
No mesmo ando de 1978, um Grupo de Teatro ligado
ao convento dos Padres Redentoristas, cria uma encenação com o poema Jesus
Cristo Cortador de Cana, com a intenção de encená-lo na ETFC, mas é censurado
pela direção da Escola. Mas em 1989, ele sobe ao palco do Teatro de Bolso,
interpretado por Eugênio Soares, na montagem que dirigi com 9 estudantes da
Escola de Serviço Social da UFF, para a tese de conclusão do curso, refletindo
sobre a vida das mulheres dos cortadores de cana, e trabalhadores da antiga e
extinta Usina de Outeiro.
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