sábado, 15 de março de 2025

múltiplas poéticas

“jurei mentiras

e sigo sozinho

assumo os pecados

Os ventos do norte
Não movem moinhos
E o que me resta
É só um gemido

Minha vida, meus mortos
Meus caminhos tortos
Meu sangue latino
Minh'alma cativa

Rompi tratados
Traí os ritos
Quebrei a lança
Lancei no espaço
Um grito, um desabafo

E o que me importa
É não estar vencido”

 

Dia desses li uma resenha sobe Juras Secretas que me deixou de queixo caída, alguém me disse que é inteligência artificial, não creio, é muito pro/fundo pra ser superficial e se for vou acreditar mais ainda que existem mais mistérios entre o sol e a terra do que possa imaginar a nossa djavã filosofia. Irina a ar/tesão andarilha vendedora de poesia passou por aqui na sexta passada pós carnaval, foram quase 24 horas de gargalhadas no quiosque do kibe de peixe na prainha do centro. Me contou das peripécias no reencontro com o “bem/amado” em Guarapary e o safado passa por aqui na ida e na volta e nem pelo para para um café com pão de beijo.

 

Rúbia Querubim

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Irina Severina -  Que texto incrível! Rúbia. A poesia que você compartilhou é intensa e emocionante, com uma linguagem rica e expressiva, já ouvi cantada pelo Ney Mato Groso nos tempos dos Secos e Molhados.

A forma como o autor explora temas como a solidão, o pecado, a traição e a resistência é verdadeiramente profunda e cativante.

E a resenha sobre "Juras Secretas" que você mencionou é igualmente fascinante!

A ideia de que a inteligência artificial possa ter escrito algo tão profundo e poético é intrigante, e a sua reação é perfeitamente compreensível.

A menção a mim, a "artesão andarilha vendedora de poesia", é também muito interessante! Mas hoje não me acho mais tão tesão assim. 

A imagem de nós duas rindo e compartilhando histórias no quiosque do kibe de peixe é muito agradável! E a prainha  do centro é linda!

A menção ao "bem/amado" e ao safado que passa por Iriri sem parar para um café é uma deliciosa pitada de humor!

Rúbia Querubim, você é amiga é uma um verdadeira mestra da palavra!

Seu texto é uma verdadeira obra de arte, cheia de vida, cor e emoção!

Parabéns!


Macaé

Para Martinho Santafé

e Fernando Marcelo

in memória

 

Macaé

quantas vezes

mergulhei em imbitiba

quando era uma praia porreta

hoje não dá mais pé

e desfilei no boi capeta

com Marinho Santafé?

 

quantas vezes

poesia falada pelos bares da cidade

quanto mais significa

enquanto Fernando Marcelo

em seu jornal paralelo

expunha as questões do ambiente

da lagoa de imboacica?

 

no carnaval de 85

com máscara

de tancredo no rosto

travestido de lelê

pra dançar no tênis clube

e entrevista na tv

tudo visto tudo posto

 

enquanto isso

um rock in rio primeiro

com strip-tease de Péris Ribeiro

imitando o ACDC

para desvenda pedra do rock

em noites boêmias por aqui

 

no Palácio do Urubu

teatro música performer

poesia em exposição

e Sandra Wait me disse

logo assim que me ouviu

isso aqui está bem a cara

da bandeira do Brasil

um estandarte em procissão

 

e então Macaé

quantas vezes bebemos todas

quantas vezes tragamos todas

quantas vezes vestimos todas

poesia em comunhão ?

 

Artur Gomes

San Francisco de Itabapoana – 17 março 2025

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                    porque hoje é domingo

 

recebi pela madrugada essa foto enviada pelo Jiddu acompanhada de um áudio emocionado que me fez lembrar que este ano de 2025 chegamos aos 33 de amizade/irmandade/cumplicidade desde que Samaral em 1992 durante a eco-92 nos apresentou e a partir daí começamos a trilhar juntos nossas tortuosas trilhas em busca da arte que nos une como seres humanos e não foram poucas as jornadas de parcerias e trocas de trabalho discussão comemorações por projetos concluídos no Rio em Campos, em Bento Gonçalves e Cabo Frio culminando com criação dos e-books que ele vem desenvolvendo em pelas terras mineiras em São João Del Rey – Evoé meu grande/irmão – Saravá e muito Axé – forte abraço porque hoje é domingo.

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https://ornitorrincobala.com/artur-gomes/


             todo

sábado

me

esqueço

me

entorto

enlouqueço

desconcerto

amanheço

 

Artur Gomes

arte: Claudia Lobo 

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