OS CAMINHOS QUE ME TROUXERAM ATÉ AQUI
Quando me vejo retornando à Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro (UNIRIO), onde cursei Licenciatura em Teatro entre os anos de 1997 e
2002, para falar sobre teatro e sobre o ensino profissionalizante, parece que
alguns ciclos estão se completando, ou se conectando.
É curioso pensar que estudei na Escola Técnica Federal de Campos, que hoje é a
sede do Instituto Federal Fluminense (IFF), escola que possui catorze campi no
Estado do Rio e um deles é Macaé, onde eu hoje trabalho. Lá eu fiz o curso
Técnico de Química (quem diria?).
Mas, na verdade, cursei apenas dois dos quatro anos. O que aconteceu nesta
escola e que mudou a minha vida de forma decisiva - eu tinha planos de seguir
estudando na área das ciências - foi o fato de ter feito a Oficina de Teatro na
escola, com o professor Artur Gomes, um poeta campista que
desenvolvia um trabalho essencialmente performático conosco.
Lembro-me, por exemplo, de uma intervenção que fizemos na cantina
da escola, em que andávamos perguntando às pessoas na fila do caixa: “Quanto
custa um sonho na cantina?”.
Andamos também pelos corredores da escola como em uma procissão cantando
músicas de Milton Nascimento, entre outras propostas das quais ainda me recordo
com certa clareza, apesar de mais de 20 anos já terem se passado. Como já
disse, não concluí o curso técnico. Saí da escola e cursei um ensino médio
propedêutico em uma escola estadual, mas continuei por mais alguns anos
trabalhando com o Artur, ainda depois de sair de Campos para morar no Rio e
cursar a faculdade de Teatro na UNIRIO. Sim, esta experiência foi decisiva para
me levar a esta faculdade!
Obs.: introdução da Dissertação apresentada como pré-requisito parcial para
obtenção do grau de Mestre em Ensino de Artes Cênicas pelo Programa de
Pós-Graduação em Ensino de Artes Cênicas, da Universidade Federal do Estado do
Rio de Janeiro (UNIRIO)
Clarice Terra - minha querida ex-aluna na Oficina de Teatro no Cefet 1993/1994
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