carne viva da loucura
escrevo
pra não morrer
antes da morte
me disse
gigi mocidade
no homem
com a flor na boca
transitivo
ou intransitivo
vivo
na mais sagrada
ilógica
do inconsciente
coletivo
na semeadura
dos ossos
enquanto posso
palavrar
o que procuro
enquanto ócio
vou lavrando
o criativo
na carne viva
da loucura
Artur Fulinaíma
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mini conto – a mulher dos sonhos
me deixou de quatro a ver navios com pavio aceso essa palavra incendeia os
poros pelos orifícios esse meu ofício de perfurar na carne o que não cabe
in-verso nem por um segundo nem por um milímetro nesse acampamento logo depois
da febre como marimbondo provo o teu veneno